sábado, 26 de junho de 2010

Indagações

O que faço aqui tão tarde?! Todos já foram e eu ainda insisto em insistir. Não há nuvens azuis, nem horizonte, nem rios, nem montanhas. Olho e vejo apenas o vácuo. Talvez o mesmo que me habite nesse momento.
Que ainda faço aqui, parada, paralizada, amargurada...
Que lugar é este que ainda me retém? As pernas pesadas não se movem, só o subconsciente, na tentativa de dialogar com o consciente pergunta: _ o que ainda faço aqui? Não tem conserto para o perdido, esperança para o vencido.
Que ainda faço aqui? Torço-me, distorço-me em busca de uma resposta que faça calar essa indagação insistente.
Mas afinal o que eu ainda faço aqui? Esse era o único endereço que me deram por confiável. Não consigo encontrar nos olhos dos meus semelhantes um porto seguro. Talvez esse redemoinho no qual estou esteja me deixando tonta, enjoada... Por isso nao consiga concatenar esse mundo com meu mundo, com esse endereço.

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