segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Incoerências

Eu queria poder falar o que sinto de vez em quando, mas as palavras emudecem e de minha garganta saem inexpressivos vocábulos.
Eu queria poder expressar os meus sonhos e anseios e fazer de você um aliado, mas fico estagnada diante da impossibilidade do vir-a-ser.
Em segundos, flashes insinuam-se em minha mente e desconsertam meu coração, recorro à consciência de minha própria (in) significância e reporto-me ao que posso e não posso mudar.
E o concerto das cordas do meu coração  em uníssono tentam, através de uma melodia de coragem e obstinação,  consertar o que talvez não tenha jeito.
Recuo, avanço, recuo, avanço e nessas idas e vindas "danço" , conforme a música da vida.
Coragem? Isso não me falta, o que me falta, talvez, seja a sensatez ou o discernimento para entender quando devo mudar de rota, já que espero resultados  diferentes e, de forma incoerente, ainda continuo na mesma estrada.

Suerbene Paulino

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

BAILE DE MÁSCARAS

           Recebera o convite ainda cedo, tinha tempo para escolher a máscara com a qual iria à festa do ano. Estava uma badalação só. Decidiu que não procuraria comprar uma máscara nova, uma vez que, ao longo de seus 35 anos, acumulara uma quantidade razoável delas. Para o trabalho tinha sua coleção pessoal que a fizera progredir e ascender a diversos cargos em variadas empresas. A que ela mais costumava usar era a do sorriso. Havia encomendado essa máscara ainda quando pequena, aprendera que com ela encantaria as mais diversas idades. Por isso sorria, mesmo quando queria esmurrar, sorria, mesmo quando queria chorar, sorria, mesmo quando parecia apática. Aquilo funcionava mesmo.

               Tinha também a que usava sempre na rua, era discreta, livre de qualquer suspeita.  Essa era  imparcial, não demonstrava emoções nem solidadariedade e ninguém conseguia ler seus sentimentos...
Usava algumas em casa para falar com os vizinhos, os parentes quando a visitavam, até mesmo para dormir não costumava ficar sem máscaras, tinha medo de que alguém a visse sem elas. Já tivera diversos namorados e mesmo com toda a vontade de acertar no uso da máscara, eles acabavam indo embora e ela voltava ao seu circulo vicioso em busca do "príncipe encantado".
Estava ansiosa naquela dia, talvez conhecesse o amor de sua vida, tinha bons pressentimentos,  por esse motivo que relutava tanto na escolha. Já escolhera a roupa, o sapato, a bolsa, as joias... mas a máscara! Nossa, essa ela ainda não tinha  conseguido.
           Ligou para algumas amigas, a fim de sondar o que elas, provavelmente, usariam. Anjo, diabinha, mulher fatal, flerte, sorriso, honestidade, vulgaridade... de tudo um pouco, cada qual com a sua justificativa.
            Já estava na hora de ir, decidira então levar a que mais lhe era comum, simpatia. Assim arrumou o cabelo, desfilou um pouco no quarto, afinal precisava ensaiar sua entrada... parou de repente,  estupefata, observou que uma estranha olhava para ela do espelho. Parecia imitá-la, quis fugir, gritar, mas o senso, tão comum em sua vida, fê-la analisar o que estava acontecendo... reconheceu a indumentária. Era tal qual a sua, até mesmo a silhueta! todavia o rosto, aquele rosto não lhe era comum, não lhe era familiar! Tentou conversar com a estranha Estranha, no entanto ouviu somente o som de sua própria voz. Tinha um desafio e não costumava fugir deles.
            Mais atenta, conseguiu finalmente decifrar o rosto daquele ser... era o seu, sem máscaras! Nossa!!! franziu a testa, que acontecera com ela? Havia perdido totalmente o refencial de si mesma, de modo que já nem mesmo se  lembrava de como era?
Teve desejo de sentar diante do espelho e re-encontrar-se, queria, entretanto, muito ir àquela festa. Assim, para não perder  o encontro consigo mesma nem com as expectativas do evento, decidiu sair sem máscaras. Estava tão admirada de sua descoberta que descartou até mesmo qualquer maquiagem.

Suerbene Paulino

domingo, 21 de novembro de 2010

Papo cabeça sem bicho-papão!

_ Mãe, por que os pais do Lipe vivem juntos?
_ Coisas de algumas pessoas, meu filho! Tem gente pra tudo nesse mundo!
_ Como  assim, mamãe?
_ É que tem pessoas que se acostumam a tudo. Parece que eles são adeptos de uma filosofia antiga de vida, não se modernizaram.
_ Que filosofia? Não entendi.
_ Depois você pesquisa no Google que vai encontrar respostas. Mamãe não vai poder ficar muito tempo com você hoje, porque tem uma reunião com amigos.  Como estão as coisas aí na escola? Prometo que vou ao seu aniversário de 5 aninhos, meu bem.
_ Que legal, mamãe! Mas, por favor, me conta mais sobre essa filosofia antiga. Por que não consigo ver sua imagem melhor hoje, mamãe, esse vídeo está com problemas?
_ Sim, meu bem. Vou trocá-lo amanhã. Quanto a essa história de filosofia de vida antiga, a mamãe não sabe direito, parece que, há muito tempo, as pessoas costumavam ser tolerantes umas com as outras, a perdoar as fraquezas, a compreender que as relações demandam tempo para amadurecerem. Tem alguma coisa a ver com cumplicidade. Coisas de gente franca, que não consegue admitir que podem viver muito bem sem pessoas problemáticas.
_ Sei, mamãe. Mas achei a ideia legal. O Lipe vive com os pais dele, eles ficam preocupados com o Lipe.
_ Onde você conheceu os pais do Lipe?
_ Aqui na escola,  eles vêm pegar meu amigo que vai sempre embora depois das aulas. Hoje ele saiu mais cedo,  porque estava dodói.
_ Está vendo quanta besteira?! Para quê levar o garoto, se aí tem médicos, enfermeiras, bom tratamento. Mamãe paga isso tudo para você, meu bem. Agora vou ter que ir, querido. Manda beijinhos para mim!
_ Mamãe, queria ficar com a senhora hoje!
_ Que é isso, querido! Você tem sido educado para ser um homem forte, decidido, nada de vir com essas fraquezas. Já te ensinei a trocar qualquer coisa que te importune, inclusive sentimentos assim. Nada de fraquezas, como conversar com alguém chato, dá segunda chance... fique longe de pessoas problemáticas, entendeu? Essa coisa de família é algo ultrapassado. Eu fui criada nessa escola e me tornei essa mulher de sucesso.  Sou muito feliz assim e creio que você também será. Beijos, querido, ligo pra você na semana que vem.
 Suerbene  Paulino

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DEUS É FIEL!

Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? Isaías 43:13

       Em um mundo que jaz no maligno, lugar cada vez mais degradado e perverso, segurar-se a promessas assim faz toda a diferença na vida de quem crê em Deus. Olhamos nossos semelhantes e percebemos o quanto o ser humano anda longe dos propósitos divinos. Por isso crê que há uma mão potente regendo a nossa vida, far-nos-á acreditar no impossível e evocar milagres.
      Ninguém está seguro. Os nossos melhores amigos nos traem, nossos familiares muitas vezes nos viram as costas, somos atingidos todos os dias por palavras torpes e setas malignas que tentam nos roubar a fé que "uma vez foi entregue aos santos"Jd. 1,3. São em horas assim que não devemos nos esquecer dessa palavra: DEUS É FIEL!
      Sim, Ele é fiel quando tudo parece está contrário. Sua fidelidade é o horizonte que buscamos, a bússola da qual necessitamos para nos guiar neste mundo de trevas, maldade e traições. As ondas da vida agigantam-se e, nessas horas, sucumbimos com a dor; mas, do ventre da terra, na mais profunda escuridão, quando a desolação muitas vezes é nossa companheira, erga-se e tome posse  desta palavra: Deus é fiel!
       Os planos do Senhor para nossas vidas são os melhores. Tudo, no final, culminará para a sua vontade soberana, porque Ele sempre foi, é e continuará sendo FIEL!

Suerbene Paulino

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Desejo de Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

Maiakovski

Não acabarão com o amor,
nem as rusgas,
nem a distância.
Está provado,
pensado
verificado.
Aqui levanto solene
minha estrofe de mil dedos
e faço o juramento:
Amo
firme
fiel
e verdadeiramente.


Tradução de E. Carrera Guerra

domingo, 17 de outubro de 2010

A ÚLTIMA LIÇÃO

A última lição

Amo as palavras. Elas significam para mim muito além do que os conceitos literais ou metafóricos possam expressar. São minhas amigas, pois aliviam angústias e compartilham alegrias...

Quando preciso, falam exatamente o que sinto ou o que quero ouvir...

É pura diversão!

Elas estão sempre disponíveis, de tal forma que, às vezes, me inquietam a alma e não sossegam enquanto eu não decido parar para permiti-las deslizar no papel e dançarem minha melodia, subordinadas ao meu ritmo...

E tocarem com harmonia os sons mais belos e encantadores...

E serem minhas ao mesmo tempo em que me possuem...

É mágico!

Hoje querem falar do meu sonho...

E não adianta me opor...

Sinto-me totalmente sujeita à vontade delas. Só há alívio e paz em meu espírito quando, resignada, me submeto aos seus apelos. A verdade é que nunca me arrependo em ceder...

Ao mesmo tempo em que obedeço, cresço, eternizo idéias, contemplo aplausos, arranco lágrimas ou sorrisos, percebo curas, arrepios, sussurros...

É arte!

Um sonho singular, concordo. Talvez, por isso, a insistência das minhas amigas palavras em registrá-lo. No meu sonho, eu morria...

Sim! A morte física, da qual não tenho medo. Já tive um dia...

Muito medo...

Mas hoje não tenho mais...

Ao despertar, não do sonho, mas da morte, estava num local retratado em um seriado de TV, "LOST".

O curioso é que não acompanho esse seriado e a última vez em que assisti a um episódio já faz muito tempo. Então, ao despertar da morte, um desejo meio desesperador arrebatou-me, como se eu tivesse perdido a oportunidade mais importante da minha vida:

Dar a última lição.

Eu gritava desesperadamente para que reunissem todos os meus alunos ali, porque tinha faltado a última lição. E, então?

Eu despertei. Agora do sonho...

Uma segunda-feira comum, correria total para chegar ao trabalho...

Sala de aula, mas a lição se estabelecia no plano literário...

Os alunos estavam produzindo textos, e eu totalmente desmemoriada do sonho...

Uma aluna...

Aline Vanessa...

Um abraço...

Umas palavras carinhosas...

Saudosas...

Nesse contexto, como uma luz forte, lembrei-me do sonho, dos detalhes, do desejo...

Compartilhei com a aluna...

Ela, também amiga das palavras, não hesitou em dizer: "Escreva um texto, professora".

E saiu sorrindo...

O sorriso maroto de quem fizera despertar a esperança. As palavras deram sorrisinhos satisfeitos em retribuição ao convite e por terem a certeza de que eu cederia...

Era minha chance de sair do desespero, de registrar o que me sufocara no sonho...

De expor com a ajuda delas, minhas amigas palavras, a última lição...

Aos meus amados alunos...

Vocês sabem que são mais que alunos, são amigos e também professores. Não tenho palavras para descrever tudo que tenho aprendido com vocês...

Não estamos perdidos, se confiarmos nossa existência ao Autor da vida. Muitos caminham à revelia e agem conforme seus próprios desejos. Mas, se compreendermos que a sujeição ao Deus de amor nos livra da morte eterna, nos veremos felizes em obedecê-LO e estaremos livres do medo da morte...

Caminharemos para a Eternidade de paz, onde Deus reina soberano. Ele é real!

Em Cristo, Deus se fez homem e morreu para nos dar vida. Não é à toa que a Bíblia O chama de "verbo" (a Palavra)...

Ele é gracioso...

Bondoso...

Misericordioso...

E pronto a perdoar...

Só há vida em Cristo!

Agora posso partir tranquila...

Quem acreditar nessa palavra poderá me rever por toda eternidade, pois a morte chega para todos...

E terá a companhia mais sublime e pura que já existiu:

A de Jesus de Nazaré...

"Aquele que era, que é e que há de vir...".

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Clama a mim e responder-te-ei!

"Durante 17 dias, temeu-se que todos estivessem mortos, até que uma sonda os localizou"

Eles "têm muita força, muita coragem, muitas coisas para contar, mas querem primeiro aproveitar o reencontro com suas famílias, abraçar suas mulheres, filhos e netos".

De anônimos mineiros a celebridades internacionais.  Essa poderia ser uma boa manchete, não fosse pelas circunstâncias que os fizeram celebridades. O que poderia ser um dia comum de trabalho, tornou-se uma das maiores experiências na vida desses homens, com certeza!
Assim acontece conosco! Vivemos dias comuns, nas idas e vindas dos nossos afazeres e, no instante, algo desmorona e cai sobre a gente, soterrando-nos! O sentimento de pânico vem sobre nós, fantasmas aparecem da mais profunda escuridão e nos assustam. Parece que chegamos ao fim, não vemos saída; no subsolo de nossas desgraças, recorremos à sanidade, a fim de tentarmos nos conduzir para uma saída, mas qual? Não há saída, não há o que se fazer, quando tudo escapa do nosso controle.
É hora de esperar, em situações assim, nada mais nos resta, se não esperar e procurar mantermo-nos vivos! É lá, na imensidão do ventre da terra, enterrados vivos, que valorizamos a vida e quem nos cerca. É lá, onde todos estão no mesmo barco, na mesma condição, que percebemos o quanto existem pessoas e Pessoas. É nesse poço profundo que as palavras são as sementes da esperança, o sorriso que nos aquece, só existem elas a nos revelar o caminho da coragem e autoconhecimento, as palavras internas e externas.
É nesse lugar escuro, úmido e solitário que descobrimos vocações , que nos aproximamos de Deus e de nós mesmos. Até que alguém ou algo nos ache, precisamos nos manter vivos para usufruir o novo visual da vida, sim, porque depois de experiências assim, a vida recebe novas roupagens e vale a pena mantermo-nos são para poder vivê-la com mais responsabilidade e maturidade, com esperança, leveza e intensidade. São nessas horas, "quando tudo parece impossível, é que Deus começa a agir"... Clamemos a ele!


"Clama a mim e responder-te-ei, anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes".Jr33:3São nossas ações que provocam a reação de Deus!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Despedida

Já é tarde, preciso ir embora e seguir minha jornada. Parei alguns anos, porque julguei pertinente reformular alguns projetos para poder te incluir neles. Pois, ao te conhecer, não conseguia me imaginar adiante sem o sorriso que brotava de teus lábios como canção da chuva sobre os arvoredos.
Em alguns momentos, a razão me cobrava ações e me mandava ir embora, no entanto eu não conseguia me imaginar sem o teu hálito em meu pescoço e tua voz vibrante de desejo me induzindo e me impulsionando a ser mulher.
Passaram-se os anos e você não veio por inteiro, só tive o prazer de usufruir fragmentos de teu ser que, de forma furtiva, permitia-me sonhar com um talvez ou um quemsabeumdia.
Por diversas vezes arrumei meu alforje, mas meu peito doeu tanto que resolvi me sentar à beira do caminho e continuar te aguardando.

Todavia, o tempo, esse amigo e inimigo congruente me instigou a decidir entre partir ou esperar o acaso; apelei por mais alguns dias na esperança de resolver o que estava pendente há anos, porém não foi possível, porque dentro de mim já existia uma decisão relevante, formulada pela razão já madura e entediada.

Por isso estou aqui me despedindo. Necessito ser fria e não olhar mais para trás, porque a minha sobrevivência como ser humano depende do mínimo de coragem que está nascendo agora dentro de mim.

Já é tarde, preciso ir embora.

Sabe, estou cansada! E esse cansaço invade meu corpo e mente. Mas apesar de querer   partir logo, sinto que vou descansar mais adiante em uma sombra reconfortante. Preciso dormir serenamente para só depois retornar a essa longa jornada imposta pela vida. Dessa vez não me alimento mais de possibilidades de te encontrar, nem de conjecturas para te ter... Dessa vez eu avanço mais realista, porém com um intenso desejo de convergir para frente, sempre para a frente.

domingo, 26 de setembro de 2010

Descartar ou reciclar?



Não saberei responder a essa pergunta em muitas situações da vida, em se tratando de atitudes coerentes quanto ao outro. Claro que é imperativo, nos dias atuais, reciclarmos as coisas, mas ninguém quer perder tempo em "consertadores". Às vezes, sai mais barato, economicamente falando e também na economia do tempo e aborrecimentos, descartarmos o que está avariado e adquirir um novo produto. No entanto, podemos fazer assim com os relacionamentos? Amizade, amor, filhos, vizinhos? Que queiramos ou não, pessoas não são descartáveis e substituíveis. Investir numa relação é sempre uma caixinha de surpresa, mas vale a pena, se não obtivermos a resposta positiva da mudança do outro, pelo menos teremos a certeza de que tentamos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ansiedade : saiba mais

No limite
Medicina tenta oferecer alívio para a ansiedade.




Não se sabe exatamente quantos são os ansiosos no Brasil. Mas sabe-se que são milhões. Para se ter uma idéia, estima-se que existam pelo menos 15 milhões de brasileiros adultos padecendo dos sofrimentos mais graves relacionados à ansiedade. São pessoas que têm desde crises de tontura, diarréia e dor no peito até aquelas que amargam a mais completa paralisação e medo diante de qualquer situação que lhes pareça ameaçadora.

Não é difícil entender o motivo de reações tão extremas. Os ansiosos criam expectativas desnecessárias sobre os acontecimentos futuros, querem resolver as situações antecipadamente e costumam ser pessimistas. Suas preocupações são intensas, duradouras e freqüentes. E, infelizmente, embora ainda não se disponha de estatísticas brasileiras, é certo que o mal vem crescendo. A competição por melhores cargos no emprego e a vida pessoal atribulada são alguns dos fatores que aumentam a ânsia de quem sofre do problema. E mesmo quem não se importava acaba ficando mais vulnerável.

A incidência e a gravidade do problema estão obrigando a medicina a dirigir atenção especial à doença. O resultado é que há várias boas notícias no seu combate. A primeira delas é o fato de os médicos, hoje, entenderem muito melhor a natureza do mal e suas manifestações. Sabe-se que são quatro os principais transtornos associados a ele, motivados por uma ansiedade exagerada. O primeiro deles é chamado justamente de ansiedade generalizada. Ele é caracterizado por crises pontuadas por taquicardia, mal-estar abdominal, tensão muscular, acompanhados de irritação e de uma imensa dificuldade para relaxar diante de situações que gerem ansiedade.

A manifestação de quatro sintomas em um semestre caracteriza um quadro de ansiedade generalizada. Ela afeta a vida social, familiar, profissional e até o aprendizado. Muitas vezes, por exemplo, o cansaço excessivo típico de quem sofre desse tipo de transtorno impede que o ansioso sinta vontade de sair com os amigos. E a irritação acaba descontada nos familiares. No trabalho, a produtividade cai.

Nos vestibulares, o problema fica exacerbado. Algumas vezes, mesmo que o candidato esteja bem preparado, ele não consegue se lembrar de nada no momento da prova. A ansiedade prejudica o rendimento do aluno, fazendo com que ele perca parte da lucidez para lidar com o próprio saber. Foi o que aconteceu com o estudante Francisco Santos, 21 anos, “ao prestar vestibular para medicina pela segunda vez, na hora da prova, eu simplesmente não consegui enxergar nada. Ficou tudo fora de foco, embaçado. Perdi o vestibular por causa da ansiedade e tive que procurar um psicólogo para controlar o problema. Na terceira tentativa, passei no vestibular e estou no primeiro ano de Medicina”. O aprendizado também sai no prejuízo. Cerca de 5% a 8% dos estudantes sofrem de distúrbios de aprendizagem relacionados de alguma forma à ansiedade. A falta de concentração e dificuldades de leitura estão entre as manifestações mais comuns dos problemas a que se refere a especialista.

O ansioso não atrapalha apenas a si mesmo, mas os colegas também. Quando trabalha em equipe, sua ansiedade costuma prejudicar os companheiros. Ele deseja saber a todo momento como andam as coisas e faz as mesmas perguntas mil vezes. Fica afobado e prejudica o andamento do projeto.

Outro problema associado à ansiedade é o transtorno do pânico. Seus sintomas aparecem de forma brusca. O indivíduo está tranqüilo e de repente imagina que uma determinada situação é ameaçadora. Passa a ter, então, sintomas como falta de ar e tontura. O episódio dura cerca de dez minutos. Ele pode sentir medo de ficar sozinho em casa e, por isso, toda vez que se vê nessa circunstância, entra em pânico. As crises costumam se repetir com freqüência. Em um estágio avançado ele evita até mesmo ir ao trabalho. Os especialistas recomen-dam procurar o médico a partir da primeira manifestação. Seu apareci-mento costuma ocorrer depois da adolescência. As fobias também estão relacionadas à ansiedade. São medos irracionais, exagerados e persistentes de situações, objetos, animais. Há quem tenha fobia de sangue, avião, doenças, entre outras.

A ansiedade também está por trás do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). O indivíduo tem imagens ou idéias repetidas. Ele tenta evitá-las, mas não consegue. Por isso, começa a apresentar atitudes compulsivas para afastar os pensamentos. A ocorrência desses transtornos não obedece a uma escala de gravidade. Ou seja, uma pessoa que sofra de ansiedade generalizada que se agrava por algum motivo não terá, necessaria-mente, uma crise de pânico ou de TOC. O contrário também é verdadeiro.

Outro avanço importante na compreensão da ansiedade é a descoberta de suas causas. É verdade que elas não estão totalmente esclarecidas, mas já há boas pistas. A resposta para o fato de um indivíduo ser mais ansioso do que outro pode estar no desequilíbrio entre neuro-transmissores (substâncias que transmitem informações entre os neurônios) envolvidos no processa-mento do humor, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. A disfunção ocorre numa região do cérebro chamada amígdala, que está ligada às emoções. Existem outras peças se encaixando nesse quebra-cabeça. Há um ano, pesquisadores descobriram uma nova substância, batizada de P, que também estaria relacionada à doença, embora ainda não se tenha mais detalhes sobre sua atuação.

Hoje, acredita-se que a ansiedade tenha influência genética e, por isso, seja hereditária em grande parte dos casos. A educação recebida pela família também é levada em conta. Pais superprotetores e controladores fazem com que suas crianças cresçam num ambiente ameaçador. Elas ficam inseguras e tensas porque estão sujeitas a ser corrigidas ou ter de prestar contas por qualquer gesto. A ansiedade surge como um tipo de defesa. Com ou sem sintomas físicos, como náuseas e dores musculares sentidas por algumas crianças, a ansiedade infantil pode vir acompanhada de dificuldades de relacionamento com os colegas.

Um dos desafios, no entanto, é esclarecer o papel do estresse no surgimento da ansiedade. Os cientistas ainda não sabem qual dos dois aparece primeiro. O estresse tanto surge como fator desencadeante como pode ocorrer depois que o problema está instalado. Mas o resultado no organismo é praticamente o mesmo. Ambos aumentam a produção dos hormônios cortisol, noradrenalina e de crescimento. Essas substâncias diminuem as defesas do corpo, aumentam o colesterol ruim e podem contribuir para o aparecimento de infecções, tumores e doenças cardíacas. Por causa de tanto estrago, a doença ganhou status de prioridade. Em estágios mais sérios, a ansiedade é considerada um problema de saúde pública.

As informações levantadas até agora estão permitindo a aplicação de novos tratamentos. Uma das novidades é o uso dos antidepressivos, principal-mente para a ansiedade generalizada. Gradativamente, eles estão substi-tuindo os benzodiazepínicos ou ansiolíticos. Os ansiolíticos causam dependência porque têm substâncias que tornam o organismo tolerante às drogas. Por causa disso, é preciso aumentar cada vez mais a dose para conseguir os mesmos efeitos do tratamento (geralmente isso é necessário em pacientes que tomam o remédio há cerca de um ano).

Outra vantagem é que os antide-pressivos tratam a depressão que costuma surgir após intensas manifestações de ansiedade. Recentemente foi lançado o antidepressivo à base de venlafaxina. Além de atuar sobre a serotonina, como os outros medicamentos do gênero, o remédio age também na noradrenalina. O resultado é positivo porque a droga atua sobre dois neurotransmissores envolvidos no processo da ansiedade. Uma opção mais saudável de tratamento são os ansiolíticos naturais. Como utilizam substâncias ativas naturalmente presentes nas plantas com finalidade terapêutica, em geral esses remédios não apresentam efeitos colaterais. Contra a ansiedade e depressão, é empregada a raiz da kava-kava (Piper methysticum) sob a forma de cápsula. A planta não causa dependência nem sedação.

Outra estratégia cada vez mais usada contra a doença é a terapia cognitiva comportamental, técnica que vem sendo empregada com sucesso pelos especialistas para cuidar de todos os tipos de transtornos ansiosos. O método expõe gradualmente o paciente a situações geradoras de ansiedade para que ele aprenda a enfrentar seus medos. Do lado de fora dos consultórios, também há iniciativas animadoras. Uma delas vem do Hospital Universitário da USP. Ali, o corpo de enfermagem tenta amenizar o problema entre os pacientes da unidade de terapia intensiva. Uma das mudanças é permitir que o doente receba visitas em horários especiais (além das duas entradas estabelecidas por dia). A iniciativa diminui o estresse de quem está internado. Outro recurso das enfermeiras é conversar com os familiares para dar notícias sobre o estado do paciente. A informação clara reduz a ansiedade da família.

Também há técnicas coadjuvantes que ajudam a controlar os transtornos ansiosos, especialmente a ansiedade generalizada e o transtorno do pânico. No caso da acupuntura, por exemplo, as agulhas atuam sobre determinadas terminações nervosas do corpo e o estímulo é levado até o cérebro. Lá, acontece uma liberação de serotonina, que inibe a crise de pânico.

A meditação é mais um recurso excelente. Por isso, é uma das técnicas mais usadas para controlar a ansiedade. Ela se baseia em exercícios respiratórios e muita concentração. O praticante deve prestar atenção na sua expiração e inspirar normalmente. Dessa forma, ele consegue trazer sua mente para o momento presente, já que a ansiedade está ligada a expectativas futuras. A ioga, outra modalidade indicada para aplacar a ansiedade, também aposta suas fichas nos exercícios respiratórios, além de promover o relaxamento corporal. O objetivo é fazer com que a pessoa volte sua concentração para a sua expiração e o momento presente.

A prática de atividade física é outra forma de aplacar a ansiedade mais branda. Os exercícios estimulam as endorfinas, substâncias que melho-ram a ação dos neurotransmissores ligados ao humor. Uma dieta saudável também é ponto precioso nesse jogo. As verduras, legumes e frutas têm compostos que ajudam a regular os neurotransmissores envolvidos no processamento das emoções. Quem já é ansioso também deve evitar fumar, beber e tomar café, pois os três têm compostos estimulantes que deixam a pessoa mais agitada. Há também estratégias de emergência para serem usadas nas horas em que as crises de ansiedade parecem monstros prestes a engolir sua vítima. Procure respirar profundamente por cinco minutos para que sua taxa de adrenalina baixe e você elimine toda a angústia. Dessa forma, é possível ter calma para enfrentar a situação sem perder o controle.


http://www.hebron.com.br/Revista/n02/capa.htm

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aprendendo a amar

Por Sandra Maia, colunista do yahoo.




Por que para alguns é tão fácil construir e reconstruir a vida amorosa, entrar e sair de relacionamentos, e para outros isso é tão difícil, por vezes impossível?

Será que, ao longo das nossas vidas, realmente investimos no aprendizado da arte de amar? Quando estamos amando nos permitimos viver ou continuamos com o freio de mão puxado esperando a casa cair?

Contribuímos para que tudo fique cada vez melhor ou provocamos o que menos queremos – o fim? Ficamos porque encontramos o amor ou porque estamos dependentes? Saímos porque não faz bem ou por medo de nos aprisionar, nos entregar?

Muito o que aprender

Pois é, caro(a) leitor(a), quanto mais se passam os anos, mais vejo que há muito a aprender sobre essa arte. E para começar, como qualquer outra matéria, entender os diferentes tipos de amor – dos saudáveis aos doentios – faz uma grande diferença.

Compreender os atalhos, as distorções, as neuroses nos faz mais realistas sobre o que queremos e não queremos. O que podemos ou não incluir nas nossas vidas. Faz-nos ver com clareza a diferença entre querer e precisar… Sim, porque, por vezes, queremos algo que não precisamos…

Você consegue se lembrar de algo, alguma história, algum momento em que deixou de lado a intuição e baseou-se no entorno, no que os outros acham, no que os outros queriam para você? Acredite, grande parte das nossas decisões tem como base o medo, a ilusão, o ego, a vaidade… E, nesses casos, infelizmente, não há sustentação para a construção de qualquer vínculo duradouro.

Escolhas conscientes

Exercer o amor – colocá-lo em prática – é mesmo a única forma de aprendizado. O caminhar, você sabe, se faz caminhando. Então, fica aqui mais um convite à reflexão: será que temos consciência da maneira como escolhemos nos relacionar?

Está claro, dentro da nossa percepção, nossos padrões de comportamento e escolha? Vale analisar com carinho e, para tanto, basta olhar para trás e traçar um fio com as histórias ou história experimentadas.

Qual o tipo de amor que damos? Qual o tipo de amor temos recebido de volta? O que provocamos no outro? O que fazemos conosco? Estamos felizes? Completos? Íntegros? Vivemos a nossa verdade, o nosso self, nos permitimos ser quem realmente somos?

Estamos vivendo um amor simbiótico daqueles que nos tiram a vida, o fôlego? Vivemos uma história de possessividade? Uma relação com base em dor e sofrimento? Conseguimos ultrapassar tudo isso e, nos entregamos a relações saudáveis nas quais – há troca, respeito, gentileza, decisão?

Qual a escolha?

Ela impacta diretamente na nossa qualidade de vida. E, quando escuto histórias de casais que vivem a relação com base numa guerra, num thriller, numa violência sem fim, me pergunto: Será mesmo essa a relação? É dessa forma que o amor acontece?

Não creio. Toda vez que ouço esses relatos sempre me vem à cabeça uma questão interna: a falta de auto-estima. A falta de autopercepçao. A falta de amor próprio. Lembra-se da frase “ama ao outro como ama a ti mesmo”? O traço de uma relação saudável, plena de amor, começa na forma como nos relacionamos conosco, com nossos sonhos, nossa essência, nossos valores.


http://colunistas.yahoo.net/posts/4601.html

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"O que a Bíblia diz sobre a ira?"

http://www.gotquestions.org/Portugues/


Resposta: Lidar com a ira é um tópico muito importante. Um conselheiro experiente disse que 50% das pessoas que vieram ao seu consultório para aconselhamento tinham problemas com ira. Ela pode destruir a comunicação e acabar com relacionamentos, além de arruinar a alegria e saúde de muitos. É muito comum que pessoas tentem justificar sua ira, ao invés de aceitar a responsabilidade por seu comportamento. Há um tipo de ira que a Bíblia chama de indignação justa, mas ela não deve ser confundida com a ira da qual estamos falando aqui.

Em primeiro lugar, ira nem sempre é um pecado. Deus é raivoso (Salmo 7:11; Marcos 3:5), e os crentes são comandados a se irarem (Efésios 4:26). Duas palavras gregas são usadas no Novo Testamento para a nossa palavra “ira”. Uma (orge) significa “paixão, energia”; a outra (thumos) significa “agitado, fervendo”. O dicionário Webster define a ira como “emoção excessiva, paixão despertada por um sentimento de injustiça ou erro”; essa injustiça pode ter sido contra nós ou outra pessoa. Biblicamente falando, a ira é uma energia dada por Deus para nos ajudar a resolver problemas. Exemplos de ira bíblica incluem Paulo confrontando Pedro por causa de seu mau exemplo em Gálatas 2:11-14, Davi estando chateado ao escutar o profeta Natã narrando sua injustiça (2 Samuel 12) e Jesus ficando irado pela forma em que alguns judeus tinham difamado o louvor no templo de Deus em Jerusalém (João 2:13-18). Note que nenhum desses exemplos de ira envolveram auto-defesa, mas defesa de outras pessoas ou de um princípio.

No entanto a ira se torna um pecado quando é causada por motivos egoístas (Tiago 1:20), quando o objetivo de Deus é destorcido (1 Coríntios 10:31), ou quando a ira permanece por muito tempo (Efésios 4:26-27). Ao invés de usar a energia gerada pela ira para atacar o problema em mão, a pessoa é que acaba sendo atacada. Efésios 4:15, 19 diz que devemos falar a verdade em amor e crescer em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, e não permitir que palavras insensíveis ou destrutivas saiam de nossas bocas. Infelizmente, esse falar venenoso é uma característica comum do homem pecador (Romanos 3:13-14). A ira se torna um pecado quando permitimos que transborde sem limites, resultando em um cenário no qual todos presentes se machucam (Provérbios 29:11), devastando tudo e todos, com consequências irreparáveis. A ira também se torna um pecado quando o que está irado se recusa a se acalmar e acaba guardando rancor ou mágoas dentro de si (Efésios 4:26-27). Isso pode causar depressão e irritabilidade com qualquer coisinha, geralmente, com coisas que não tinham nada a ver com o problema original.

Podemos lidar com a ira de uma forma bíblica:
1) Ao reconhecer e admitir que nossa ira e a forma na qual lidamos com ela são egoístas (Provérbios 28:13; 1 João 1:9). Essa confissão deve ser a Deus e àqueles que se machucaram como resultado de nossa ira. Não devemos minimizar esse pecado e dizer que “as coisas esquentaram um pouco o outro dia” ou ao tentar transferir a culpa: “bem, se você não tivesse agido do jeito que agiu...”

2) Ao ver que Deus tem controle sobre tudo. Isso é de grande importância, especialmente, quando outras pessoas fizeram algo para nos ofender especificamente. Tiago 1:2-4; Romanos 8:28-29 e Gênesis 50:20 apontam ao fato de que Deus é soberano e tem total controle sobre TODAS as cirscunstâncias e pessoas que cruzam nosso caminho. Nada acontece conosco que Ele não permita. E assim como todos esses versículos ensinam, Deus é um Deus BOM (Salmo 145:8,9,17) que faz coisas boas e usa todas as coisas em nossas vidas para o nosso bem e para o bem daqueles que estão ao nosso redor! Refletir nessa verdade até que penetre nossas cabeças e corações vai influenciar como reagimos com aqueles que nos machucaram muito.

3) Ao dar espaço para a ira de Deus. Isso é especialmente importante em casos de injustiça, especialmente quando executados por homens “malignos” a pessoas “inocentes”. Gênesis 50:19 e Romanos 12:19 nos dizem que não devemos fazer o papel de Deus. Deus é correto e justo, e podemos confiar que Aquele que conhece tudo e vê tudo vai agir justamente (Gênesis 18:25).

4) Ao não retornar mal ao invés do bem (Gênesis 50:21; Romanos 12:21). Isso é de grande importância para converter nossa ira em amor. Assim como as nossas ações se originam em nossos corações, assim também nossos corações podem ser alterados por nossas ações (Mateus 5:43-48). Isso quer dizer que podemos mudar nossos sentimentos em relação a uma pessoa ao mudar como escolhemos agir ao redor dessa pessoa.

5) Ao escolher se comunicar bem para resolver o problema. Há quatro regras básicas para comunicação, de acordo com Efésios 4:15,25-32:

a) Seja honesto no seu falar (Efésios 4:15,25). As pessoas não podem ler nossas mentes. Fale a verdade EM AMOR.

b) Não acumule (Efésios 4:26-27). Não devemos permitir que o que está nos incomodando acumule até que finalmente perdamos o controle. Compartilhar e lidar com o que está nos incomodando antes de chegar a esse ponto é muito importante.

c) Ataque o problema, não a pessoa (Efésios 4:29,31). Devemos manter o volume de nossa voz baixo (Provérios 15:1). Gritaria é, geralmente, considerada uma forma de ataque.

d) Aja, não reaja (Efésios 4:31-32). Por causa de nossa natureza pecaminosa, nosso primeiro impulso é, geralmente, pecaminoso (verso 31). O tempo que passamos “contando até dez” deve ser usado para refletir em uma resposta que agrada a Deus (verso 32) e para nos lembrar que a ira deve ser usada para resolver problemas, não para criar outros problemas maiores.

6) Em último lugar, devemos fazer a nossa parte para resolver o problema (Atos 12:18). Não podemos controlar como outras pessoas vão responder, mas podemos cuidar do que deve ser mudado da nossa parte. Superar um temperamento explosivo não vai acontecer da noite para o dia. No entanto, através de orações, estudos Bíblicos e dependência do Espírito Santo de Deus, podemos ter vitória. Assim como talvez nós tenhamos deixado que a ira fizesse parte de nossas vidas através de prática habitual, também precisamos praticar responder da forma correta até que se torne um novo hábito que substitui os velhos hábitos. Leia a seguir alguns versículos do livro de Provérbios que lidam com o tópico da ira:

6:34 - ... porque o ciúme enfurece ao marido, que de maneira nenhuma poupará no dia da vingança.
14:17 - Quem facilmente se ira fará doidices; mas o homem discreto é paciente.
14:29 - Quem é tardio em irar-se é grande em entendimento; mas o que é de ânimo precipitado exalta a loucura.
15:1 - A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
15:18 - O homem iracundo suscita contendas; mas o longânimo apazigua a luta.
16:32 - Melhor é o longânimo do que o valente; e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.
19:11 - A discrição do homem fá-lo tardio em irar-se; e sua glória está em esquecer ofensas.
19:19 - Homem de grande ira tem de sofrer o castigo; porque se o livrares, terás de o fazer de novo.
22:24,25 - Não faças amizade com o iracundo; nem andes com o homem colérico; para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a tua alma.
27:4 - Cruel é o furor, e impetuosa é a ira; mas quem pode resistir à inveja?
29:8 - Os escarnecedores abrasam a cidade; mas os sábios desviam a ira.
29:22 - O homem iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as transgressões.

domingo, 15 de agosto de 2010

Você faz parte dos 5%?

Maior bronca que já levei


Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio.
Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?

Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.

"Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros rofissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de ...".

Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto ?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa:
se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto."

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A latinha de leite

Um fato real. Dois irmãozinhos maltrapilhos, provenientes da favela, um deles de cinco anos e o outro de dez, iam pedindo um pouco de comida pelas casas da rua que beira o morro. Estavam famintos "vai trabalhar e não amole", ouvia-se detrás da porta; "aqui não há nada moleque...", dizia outro...

As múltiplas tentativas frustradas entristeciam as crianças... Por fim, uma senhora muito atenta disse-lhes "Vou ver se tenho alguma coisa para vocês... coitadinhos!" E voltou com uma latinha de leite.

Que festa! Ambos se sentaram na calçada. O menorzinho disse para o de dez anos "você é mais velho, tome primeiro..." e olhava para ele com seus dentes brancos, a boca semi-aberta, mexendo a ponta da língua.

Eu, como um tolo, contemplava a cena... Se vocês vissem o mais velho olhando de lado para o pequenino! Leva a lata à boca e, fazendo gesto de beber, aperta fortemente os lábios para que por eles não penetre uma só gota de leite. Depois, estendendo a lata, diz ao irmão "Agora é sua vez. Só um pouco." E o irmãozinho, dando um grande gole exclama "como está gostoso!"

"Agora eu", diz o mais velho. E levando a latinha, já meio vazia, à boca, não bebe nada. "Agora você", "Agora eu", "Agora você", "Agora eu"..

E, depois de três, quatro, cinco ou seis goles, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, com a camisa de fora, esgota o leite todo...ele sozinho.

Esse "agora você", "agora eu" encheram-me os olhos de lágrimas...

E então, aconteceu algo que me pareceu extraordinário. O mais velho começou a cantar, a sambar, a jogar futebol com a lata de leite. Estava radiante, o estômago vazio, mas o coração trasbordante de alegria. Pulava com a naturalidade de quem não fez nada de extraordinário, ou melhor, com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas extraordinárias sem dar-lhes maior importância.

Daquele moleque nós podemos aprender a grande lição, "quem dá é mais feliz do que quem recebe." É assim que nós temos de amar. Sacrificando-nos com tal naturalidade, com tal elegância, com tal discrição, que os outros nem sequer possam agradecer-nos o serviço que nós lhe prestamos."

sábado, 24 de julho de 2010

A paixão da paixão

A paixão da paixão

Não sei o que fazer. Sou casado, tenho dois filhos pequenos, um de 1 ano e outro de 5. Me apaixonei completamente por outra mulher, que mora em uma cidade distante. Às vezes, penso em me separar para viver a paixão, mas tenho muito medo das consequências para os meus filhos.

Li alguns textos a respeito, e todos falam em traumas, sentimento de culpa que as crianças têm com a separação dos pais. Você poderia falar sobre isso? Como é possível se separar sem prejudicar demais as crianças? Obrigado.

Você me envia um e-mail de sete linhas para resolver uma questão da mais alta importância: os efeitos de uma eventual separação na vida dos seus filhos. Não diz nada sobre o seu casamento, sobre a mãe das crianças e sobre elas. Como se qualquer separação tivesse o mesmo significado, quando cada uma é uma e depende fundamentalmente das pessoas envolvidas.

Seu e-mail é o de quem não refletiu sobre o assunto que quer esclarecer, e eu me pergunto se você se casou e teve filhos da mesma maneira que me escreveu, ou seja, sem refletir. Pode ser que tenha sido assim, e, se foi, a melhor coisa que você pode fazer é se debruçar sobre sua história e descobrir a razão de sua conduta.

Ter filhos implica a maior responsabilidade, e ninguém pode pôr uma criança no mundo furtando-se ao papel de pai ou de mãe. Você, por um lado, sabe disso e, por outro, ignora. Do contrário, não teria me perguntado como se separar sem prejudicar demais as crianças. A palavra “demais” revela a irresponsabilidade, pois é como se não fosse grave prejudicar um pouco.

Antes de tomar qualquer atitude, você precisa saber por que se casou, por que teve filhos e por que quer largar tudo para viver uma paixão em outra cidade. A que imperativos inconscientes você esteve e está sujeito? É possível que o objeto de sua paixão seja a própria paixão. Isso significa que você está exposto ao sofrimento.

Não sei que caminho você deve tomar, mas sei que você precisa esclarecer as questões acima a fim de não ser contrário a si mesmo e aos seus filhos. A fim de não sofrer mais. Quando a gente não sabe para que lado ir, o melhor é ficar parado até saber.
Por Betty Milan

Tags: filhos, paixão, separação

sexta-feira, 23 de julho de 2010

45 lições para a vida

Regina Brett, 90 anos de idade, em The Plain Dealer, Cleveland , Ohio.
“Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia escrevi as 45 lições que a vida me ensinou":

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo bem pequeno .
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e
familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a
jornada deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar
nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca
pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por
sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como
resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos,Não guarde o melhor
vinho,ou a melhor lingerie para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrica e verdadeiro agora. Não espere pela velhice para
vestir sua alma de felicidade.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras ‘Em
cinco anos, isto importará?’
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que
você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa — morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os
lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos
os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Sonhos de Deus - Ludmila Ferber




Os sonhos de Deus são, de qualquer forma, o melhor para nós. Como seres humanos, projetamos nossas vidas em cima de sonhos que, muitas vezes, envolvem pessoas. Estas, por serem pequenas demais, na maioria das vezes, nos frustram e desanimam. Grande erro o nosso quando envolvemos seres humanos como âncoras ou base de nossos anseios e projeções, porque somos todos falhos e não podemos sustentar nem mesmos nossos míseros desejos, quanto mais o do outro. É nessa perspectiva que devemos organizar e medir os projetos que vão favorecer nossas realizações; entendendo que o outro não é o principal responsável pelo o dar certo de nossos sonhos, mas que nós somos os responsáveis e as mãos de Deus para realizar o que necessitamos e ansiamos. Não nos esqueçamos, entretanto, de que, no centro de tudo isso, está a soberana vontade de Deus.
Se seus sonhos não deram certo, saiba que há uma mão invisível trabalhando para fazer o melhor para você. Descanse, pois os projetos que Deus tem contigo nunca serão frustrados! Os seus sonhos podem morrer, mas os de Deus, em relação à você, não!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Rasgando as folhas amarrotadas

Hoje peguei o livro da minha vida para folheá-lo. Cheiro de mofo reicindiu de entre suas folhas. Aquela cena não me era incomum. Há quanto tempo percebo esse aspecto feio e mofado! Lamentavelmente, tenho tentado re-escrever uma única história e tenho deixando de lado o que de fato pode ser benéfico para mim. Essa insistência quase insana de querer que aquela história, especialmente aquela história, dê certo, é que está me deixando assim, desbotada, sem cor, sem luz, sem vida...
Olho todos os dias da vidraça da janela que ostenta meus dias aqui na Terra e percebo as mesmas estradas trilhadas. São os mesmos anseios, as mesmas desculpas, as mesmas dificuldades. Lamento por aquela história que não aconteceu, porém vejo-me a andar pelos mesmos caminhos, acompanhada das mesmas pessoas, dos mesmos sonhos - estes até se disfarçam, mas são os mesmos.
Redemoinhos que vieram me atormentar, tirarem tudo do lugar, para nada serviram, porque me vejo exatamente onde estive há 25 anos, cometendo as mesmas insanidades e tendo as mesmas esperanças. É essa história que não me permito deixar de vivê-la. Não aceito o não do destino e insisto em reescrevê-la.
Quem sabe um dia vai dar certo? Apresentam-me novas receitas, quase infalíveis no dizer do sugestivo amigo. Eu sorrio, não me vejo nessas novas veredas. É como se alguém quisesse que eu usasse a roupa de outra pessoa. Às vezes, pessoas diferentes de mim. Peso, estatura, condições físicas, tudo diferente. Como pode dar certo, se sou tão diferente? Como inovar com o que não me atrai?
Mas por que não atrai? Deveria atrair...
É porque aquela história precisa acontecer comigo. Não sei se isso pode ser chamado de persistência, fé... talvez alguns digam: é teimosia.
Não sei, só sei que ainda estou aqui, olhando esse livro com páginas amareladas e surrupiadas pela vida. Quase rasguei as páginas amarrotadas. Mas, não! retirá-las é mutilar-me, penso. Elas estão em mim e eu nelas.

domingo, 11 de julho de 2010

Indiferença também é violência !

Todos os dias somos bombardeados com informações negativas. Violência, mais violência e violência. Filhos que matam pais, pais que matam filhos, irmãos que estupram irmãs, marido ou esposa que matam seus conjugês, companheiros... Afinal, com quem estamos seguros? Uma vida conturbada, desrespeitada gera isso que vemos. Não existem tolerância nem respeito, apenas violência! violenta-se ainda com mentiras, com palavras torpes, pesadas, com discursos vazios, com atitudes de indeferença e desdém. Estamos semeando horrores e não colheremos nada significativo, se não o medo, a dor e a solidão, esta arraigada em nossos semblantes desiludidos.
Temos medos, muitos medos. Somos seres inseguros e incoerentes. Incoerentes porque não nos desprendemos do que gera a violência e buscamos segurança. Semeamos e não aceitamos colher.
Sabe-se que para toda ação há uma reação. De onde vem esse horror que atropela e apavora a todos? Creio que vem, primeiramente, da desestruturação da própria família - o berço de todos nós, seguido do cruzar de braços da própria sociedade.
Chegamos a uma situação quase irreversível. Sinto-me pessimista, porque, a cada dia que vivo, conheço pessoas egoístas, preocupadas por demais com as suas vidas e cheias de justiça própria. São poucos os sensíveis. Perdemos o altruísmo, e a indiferença tornou-se nossa mais fiel companheira. Ela apareceu como solução para nos protegermos de nossa própria consciência. Para mudança em tudo isso, precisamos evocar nossos valores e fazer do versículo a seguir o nosso lema:
"Enquanto temos tempo, façamos bem a todos".




Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.(Leonardo da Vinci).

quarta-feira, 7 de julho de 2010

35 razões para não pecar

1.Porque um pequeno pecado leva a mais pecados.

2. Porque o meu pecado evoca a disciplina de Deus.

3. Porque o tempo gasto no pecado é desperdiçado para sempre.

4. Porque o meu pecado nunca agrada a Deus; pelo contrário, sempre O entristece.

5. Porque o meu pecado coloca um fardo imenso sobre os meus líderes espirituais.

6. Porque, no devido tempo, o meu pecado produz tristeza em meu coração.

7. Porque estou fazendo o que não devo fazer.

8. Porque o meu pecado sempre me torna menor do que eu poderia ser

9. Porque os outros, incluindo a minha família, sofrem conseqüências por causa do meu pecado.

10. Porque o meu pecado entristece os santos.

11. Porque o meu pecado causa regozijo nos inimigos de Deus.

12. Porque o meu pecado me engana, fazendo-me acreditar que ganhei, quando, na realidade, eu perdi.

13. Porque o pecado pode impedir que eu me qualifique para a liderança espiritual.

14. Porque os supostos benefícios de meu pecado nunca superam as conseqüências da desobediência.

15. Porque o arrepender-me do meu pecado é um processo doloroso, mas eu tenho de arrepender-me.

16. Porque o pecado é um prazer momentâneo em troca de uma perda eterna.

17. Porque o meu pecado pode influenciar outros a pecar.

18. Porque o meu pecado pode impedir que outros conheçam a Cristo.

19. Porque o pecado menospreza a cruz, sobre a qual Cristo morreu com o objetivo específico de remover o meu pecado.

20. Porque é impossível pecar e seguir o Espírito Santo, ao mesmo tempo.

21. Porque Deus escolheu não ouvir as orações daqueles que cedem ao pecado.

22. Porque o pecado rouba a minha reputação e destrói o meu testemunho.

23. Porque outros, mais sinceros do que eu, são prejudicados por causa do meu pecado.

24. Porque todos os habitantes do céu e do inferno testemunharão sobre a tolice deste pecado.

25. Porque a culpa e o pecado podem afligir minha mente e causar danos ao meu corpo.

26. Porque o pecado misturado com a adoração torna insípidas as coisas de Deus.

27. Porque o sofrer por causa do pecado não tem alegria nem recompensa, ao passo que sofrer por causa da justiça tem ambas as coisas.

28. Porque o meu pecado constitui adultério com o mundo.

29. Porque, embora perdoado, eu contemplarei novamente o pecado no Tribunal do Juízo, onde a perda e o ganho das recompensas eternas serão aplicados.

30. Porque eu nunca sei por antecipação quão severa poderá ser a disciplina para o meu pecado.

31. Porque o meu pecado pode indicar que ainda estou na condição de uma pessoa perdida.

32. Porque pecar significa não amar a Cristo.

33. Porque minha indisposição em rejeitar este pecado lhe dá autoridade sobre mim, mais do que estou disposto a acreditar.

34. Porque o pecado glorifica a Deus somente quando Ele o julga e o transforma em uma coisa útil; nunca porque o pecado é digno em si mesmo.

35. Porque eu prometi a Deus que Ele seria o Senhor de minha vida.

Renuncie seus direitos
Rejeite o pecado
Renove sua mente
Confie em Deus

(Autoria descohecida)

domingo, 4 de julho de 2010

Eu te ofereço mais que nuvens

Ninguém nunca falou do teu sorriso, porque percebê-lo é algo que somente o meu coração consegue ver, pois é essência, e "o essencial é invisível aos olhos."
Ninguém nunca navegou no som de teu riso, porque essa música é única aos meus ouvidos. Amar-te tanto assim é contento, é desastre, é desenvoltura, é loucura...
de bom e de ruim tem tudo um pouco. Conter o amor com essa intensidade é privilégio, mas sofrer assim é condenação.
Tudo que você faz, para muitos seria bobagem, para mim é campanha em prol desse sentimento que somente cresce. Às vezes, percebo que nem você acredita que poderia ser amado assim, tudo que te deram nesses anos em que vives a passear de braços em braços foram paixões que acabaram, que vêm retirando de você a tua soberania de homem, de ser humano. Elas Duraram apenas momentos, intensificaram-se, entretanto passaram. O que te ofereço é muito mais que isso, eu te ofereço calor humano, compreensão, companheirismo, não um cisma, mas cumplicidade. Eu te ofereço mais que nuvens e promessas de chuvas, eu te ofereço meu coração sincero e franco.

Em homenagem àqueles que sabem amar verdadeiramente

Sem amor

Não deixei de acreditar no amor, deixei, sim, de acreditar que o ser humano, cada vez mais individualista e interesseiro, seja capaz de ter amor dentro de si. Cada dia que vivo mais me convenço de que não é possível. O que vejo são pessoas ávidas por atenção, carinho, mas indisponíveis para se doarem. O amor tornou-se a rota dos aventureiros, daqueles que buscam meios de se promoverem, inclinando o outro a sofrer e se sentir rejeitado ou usado.

Talvez em algum lugar, entre os mais seletos, eu encontre seres humanos capazes de amar sem ferir tanto.
Por que a maioria das histórias de amor acaba? São poucos os que conseguem chegar à reta final. Esses são bem aventurados, bem intencionados, agraciados.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Reflexões sobre o amor e o tempo

Ansiedade com uma mistura de mal estar, precedida por rupturas que há tempo deveriam ter ocorrido e por mera covardia de não aceitar o fim de cada ciclo, estenderam-se. Ficar remontando, re-elaborando atitudes, sentimentos que o tempo por si só cuidou de ruir. Por que buscar algo que está na superfície? Até que ponto a necessidade física do outro deve ser levada a sério?
Não deveríamos subestimar a nossa capacidade de amar. Deveríamos voltar aos primórdios e verificar onde originaram-se essas rachaduras e cuidar de sará-las. Não devemos nem podemos mendigar amor! Por que o verdadeiro é espontâneo. A partir do momento que pedimos algo a alguém e que até que seja transformado em um mísero afeto, o outro não está para mim como preciso de forma espontânea. Precisamos, sim, curarmo-nos de relações mal estabelecidas, calcadas numa carência excessiva e compreender que o amor que precisamos tem que nascer em nós. Pois o outro será extensão de nossa vontade, nunca nossa vontade. Conceder amor desmedido a alguém é está diante de incertezas, assim é amar. Perder a razão, tirar de si o que não se tem, buscar o que deveras encontra-se em nós.O amor não tem que ser irracional, por mais que seja impulsivo! Talvez o amor sólido estrutura-se com acordos, permissividades, doações, e não como algo doentio e arrogante por parte do ser que é amado.
Pobres mortais, julgam ter poderes e não entendem que por um sopro tudo se esvai. O que faremos com tão pouco tempo de existência e tantas ambições? É preciso reinventar o tempo, porque perdemos o mesmo a cada instante, a cada segundo. E que sentido teria essa vida se não amarmos? O que faremos se o nosso sentido de existir é para o outro, pelo o outro? Por que amar mesmo sabendo que em pouco tempo tudo se esvai, tudo se perde? Mas se faz necessário acreditar que o amor é capaz de transcender o tempo e espaço. E assim, com base no amor incondicional, perene, chegaríamos e permaneceríamos na eternidade. Esfera essa que as vaidades do amor mortal já não têm platéias!

Clara Cavalcante

sábado, 26 de junho de 2010

Indagações

O que faço aqui tão tarde?! Todos já foram e eu ainda insisto em insistir. Não há nuvens azuis, nem horizonte, nem rios, nem montanhas. Olho e vejo apenas o vácuo. Talvez o mesmo que me habite nesse momento.
Que ainda faço aqui, parada, paralizada, amargurada...
Que lugar é este que ainda me retém? As pernas pesadas não se movem, só o subconsciente, na tentativa de dialogar com o consciente pergunta: _ o que ainda faço aqui? Não tem conserto para o perdido, esperança para o vencido.
Que ainda faço aqui? Torço-me, distorço-me em busca de uma resposta que faça calar essa indagação insistente.
Mas afinal o que eu ainda faço aqui? Esse era o único endereço que me deram por confiável. Não consigo encontrar nos olhos dos meus semelhantes um porto seguro. Talvez esse redemoinho no qual estou esteja me deixando tonta, enjoada... Por isso nao consiga concatenar esse mundo com meu mundo, com esse endereço.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu só queria um abraço

Ela chegou aos pratos, pediu-me para abraçá-la e pedir a Deus por ela. Recebi-a com intenso carinho, afaguei-lhe os cabelos e pedi a Deus pela sua vida e consolo. Cantei lindas músicas que consolam e refrigeram a alma. Seus soluços não diminuíam. Era como se meus braços pudessem consolar todos os prantos não chorados, todos as aflições não reveladas. Aquele momento era único para ela, portanto aproveitaria meus braços, minha segurança e choraria.
Abriguei-a.
Enquanto a noite seguia, meus pensamentos flutuavam na imensidão da vida, das situações, das sombras que me seguiam. Tinha alguém em meus braços para consolar, sentia-me feliz por ser esse refúgio, esse porto seguro; mas, estranhamente, eu também sentia inveja daquele ser frágil que procurava abrigo e consolo em mim. Ninguém me entenderia naquele momento. Como poderia invejar alguém no auge de seu sofrimento? Como invejar alguém que se abrigara em meus braços em busca de ajuda e refúgio? Não invejava exatamente a ela, mas o que ela tinha. A menina tinha um colo para chorar, um ombro para reclinar, uma mão para afagá-la. E era tudo isso de que eu necessitava, um lugar quente e aconchegante como aquele abraço que lhe dei, um lugar sincero onde eu pudesse derramar minhas lágrimas e sentir que não estava sozinha, enganada e esquecida assim como eu me sentia naquele dia e me sinto agora.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Encerrando ciclos

( Glória Hurtado)


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
Glória Hurtado, colunista colombiana.

domingo, 20 de junho de 2010

Espera pelo Senhor, tem bom ânimo (Salmo 27:14)

Se você costuma viajar de avião, é possível que esteja familiarizado com o termo “padrão de espera”. É quando o avião fica impossibilitado de aterrissar devido a condições desfavoráveis em terra.Geralmente o piloto anuncia que lhe foi ordenado manter um padrão de espera até receber uma autorização da torre de controle para que possa aterrissar.Isso ocorre regularmente, e por isso os aviões precisam levar combustível suficiente para que possam permanecer no ar até que possam aterrissar com segurança. A Bíblia diz: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração”.Quando Deus coloca você no padrão de espera, não se trata apenas de ter fé suficiente para receber a Sua promessa, trata-se também de ter preparo espiritual suficiente para permanecer no ar esperando até que algo aconteça. É por isso que você precisa carregar combustível espiritual suficiente para lidar com os atrasos e esperar pela liberação de Deus.
A Bíblia se refere ao Espírito Santo como “um vento impetuoso” (Atos 2:2).Depois de Deus ter feito Noé aguardar o tempo suficiente para realizar o Seu propósito, “Ele enviou um vento” (Gn 8:1).Sempre que um vento sopra vindo da presença de Deus, não importa como, ele sopra para longe todos os impedimentos e obstáculos , e prepara o terreno para que você possa seguir em frente.Ele derruba o espírito do temor e de peso que o faz querer desistir.
Davi perguntou a Deus: “Quem é o homem, para que dele te importes?” (Sl 8:4).Mesmo em tempos de frustração e espera,Deus ainda está pensando em você e operando para o seu bem.Quando Ele demora não significa que esteja recusando algo a você.Então, quando sentir uma brisa divina em seu espírito, rejubile-se , pois é sinal de que Ele está preparando você para aterrissar e que boas coisas estão para acontecer!

( Desconheço a autoria)

sábado, 19 de junho de 2010

E aí?

Têm muitas coisas na vida sobre as quais não temos respostas.
Essas coisas seguem altivas, sem nos dar importância, como se fossem eternamente superiores.
Talvez não devamos persegui-las, porque, se não nos é revelado, provavelmente, Deus assim não o quis.
Caminhemos com os presentes recebidos hoje, com o sorriso que nos é dado, com a lembrança boa que habita nosso subconsciente. "Vivamos um dia de cada vez."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Que fazer?!

Tem coisas que me acontecem no dia-a-dia que, simplesmente, não sei o que fazer com elas. Um sorriso estranho, um pedido de perdão meio falso, um tropeção, um xingamento, uma crítica destrutiva...São coisas que, talvez você diga: joga fora! Mas que nem sempre são fáceis de se descartar.
Percebo-me algumas vezes a fazer uma faxina dentro do meu coração. E a faxina engloba, não somente jogar essas coisas inúteis, mas quem as trouxe para minha vida. Assim, desobedecendo alguns valores que tenho, vejo-me a descartar pessoas e lugares e caminhos...
Sempre achei que o ser humano tinha conserto e, nessa perspectiva, mantive muita gente mal intencionada ou com o coração muito manchado perto de mim. O resultado disso é que eu também me manchei, e mudei, e regredi, e desci...
Hoje vejo-me aqui, ali, acolá... parece que não estou segura, nem tolerante, nem animada. Há algo de insatisfeito no meu sorriso, nos meus gestos, nos meus sonhos. Sinto desejo de resgatar o que ficou e, nessa busca, deixo de viver o presente, de projetar o futuro e alimento-me de lembranças e pesadelos. O pesadelo nasce da indecisão, da falta da certeza de: se o que cortei foi joio ou foi trigo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma pausa

Quero uma pausa de minhas atribuições, sei que lá fora há um mundo a ser descoberto.
Preciso retomar alguns sonhos encalhados e outros congelados...
Quero uma pausa de meus pesadelos, sei que eles foram sonhos frustrados, elaborados por mim e decapitados e empalhados por não sei quem.
Hoje vou sair por aí, olhar o que está em minha volta, dançar na chuva, subir telhados e tentar esvaziar o mar, para descobrir os segredos dele.
Hoje, eu quero uma pausa de mim mesma, porque ando resmugando e reclamando muito. Vou deixar-me de molho em alguma mistura de alecrim e unguentos, quem sabe eu não me amoleço, desinfeto, adquiro nova forma.
Hoje, nessa pausa, vou buscar respostas para o que não tem resposta, sorrir para quem não me vê e brincar com as conchas do mar.
Nessa pausa tão sonhada, vou falar o que não tive coragem, dar às costas a quem não me quer e retribuir carinhos carinhosos proibidos.
... ... ... ... É, ainda estou aqui, ainda estou parada, porque preciso saber, exatamente, quanto tempo essa pausa vai durar. Afinal, é apenas uma pausa, não um rompimento!

domingo, 6 de junho de 2010

Eu aprendi

Que não tenho mais respostas para tantas perguntas...
Eu aprendi que não importa o que eu sinta, parece que isso se repete como uma canção em CD defeituoso...
Eu aprendi que as pessoas estão tão ocupadas e cansadas com seus fardos que nem tem tempo para olhar a sua volta e ajudar quem está quase morto...
Eu aprendi que a minha vida apresenta-se como uma gangorra, há um sobe e desce de sentimentos, acontecimentos e sonhos e, eu não tenho como controlar isso.
Eu aprendi que por mais que acredite na beleza do interior do ser humano, haverá sempre aqueles que vão me surpreender com algo bom ou mau.
Eu aprendi que o fim do mundo é mais próximo do que imagino, pois basta olhar a minha volta e não me sentir inspirada, amada, encaixada, que o mundo acaba.
Eu aprendi que preciso continuar de pé, porque se eu cair ficarei prostrada. Ninguém vai parar a sua caminhada para me levar nas costas.
Eu aprendi que a fé tem um pouco de obstinação, de teimosia... Que eu posso simplesmente ter fé, ou apenas teimosia...ou apenas ousadia, de qualquer forma, estarei tentando, acreditando, fazendo acontecer...
Eu aprendi que o mundo abriga, aquece e (des)trata todas as pessoas, não importa o que elas sejam, onde estejam ou façam...
Eu aprendi que o medo só é negativo se me faltar a coragem.
Eu aprendi que preciso de Deus todos os dias, assim como respiro, alimento-me e durmo.
Aprendi, também, que necessito de amigos, de amor, de companheirismo e que não preciso trocar sentimentos, apenas doá-los.
Eu aprendi a correr para chegar logo, a travar para não chegar a lugar nenhum.
Eu aprendi a olhar nos olhos, a sentir a dor do outro, mesmo sem nada poder fazer.
Nesse processo de aprendizagem, entendi que eu não posso parar de aprender, mesmo que não concorde, em muitas situações, com o modo da aprendizagem.

sábado, 29 de maio de 2010

Reflexão

Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados.
Portanto.. quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas.
As pessoas mais duronas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir.
Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína.
Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão nosso caminho. Você já experimentou andar com um sapato apertado?
No início a gente aguenta, faz até cara bonita e se diz que depois vai amaciar.
Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir.
Há pessoas que calejam nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos,
mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades.
Nos trancamos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não permita que alguém magoe seu coração a ponto de te deixar insensível. Não deixe de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram seu céu.
Se seu coração está calejado, cuide dele com mais carinho ainda. Que seja ele a transformar a atitude dos outros em relação a você e não o contrário!
Se alguém que você ama só quer brincar com seu coração, talvez essa pessoa não mereça o amor que você sente.
E por mais difícil que seja, guarde seu coração das asperezas, não deixe que as decepções o endureça.
Olhe em outras direções, dê uma chance aos que te querem bem e ao seu coração de ser cuidado com o carinho que ele merece.
autor; Letícia Thompson

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dizer “sim”, dizer “não”

Lya Luft



A história mais difícil de escrever é a nossa própria, complexa, obscura, inocente ou perversa – bem mais do que são as narrativas ficcionais.

Brinquei muito tempo com a idéia de dizer “sim” ou “não” a nós mesmos, aos outros, à vida, aos deuses, como parte essencial dessa escrita de nosso destino – com os naturais intervalos de fatalidade que não se podem evitar, mas têm de ser enfrentadas.

Acredito em pegar o touro pelos chifres, mas vezes demais fiquei simplesmente deitada e ele me pisoteou com gosto. Afinal a gente é apenas humano.

Nessa difícil história nossa, dizer “sim” ao negativo, ao sombrio, em lugar de dizer “sim” ao bom, ao positivo, é o desafio maior. Pois a questão é saber a hora de pronunciar uma ou outra palavra, de assumir uma ou outra postura.

O risco de errar pode significar inferno ou paraíso.

Também descobri (ou inventei?) isso de existir um ponto cego da perspectiva humana, em que não se enxerga o outro mas apenas um lado dele: seu olho vazado, sua boca cerrada, seu coração amargo. Sua alma árida, ah...O ponto cego das nossas escolhas é aquele onde a gente pode sempre dizer “sim” ou “não”, e nossa ambivalência não nos permite enxergar direito o que seria melhor na hora: depressa, agora.

O ponto mais cego é onde a gente não sabe quem disse “não” primeiro. E todos, os dois, deviam naquele momento ter dito “sim”.

Viver é cada dia se repensar: feliz, infeliz, vitorioso, derrotado, audacioso ou com tanta pena de si mesmo. Não é preciso inventar algo novo. Inventar o real, o que já existe, é conquistá-lo: é o dom dos que não acreditam só no comprovado, nem se conformam com o roteiro.

Nosso drama é que às vezes a gente joga fora o certo e recolhe o errado. Da acomodação brotam fantasmas que tomam a si as decisões: quando ficamos cegos não percebemos isso, e deixamos que a oportunidade escape porque tivemos medo de dizer o difícil “sim”.

O “não” é também um ponto cego por onde a gente escorre para o escuro da resignação.

O ponto mais cego de todos é onde a gente nunca mais poderá dizer “sim” para si mesmo. E aí tudo se apaga. Mas com o “sim” as luzes se acendem e tudo faz sentido.

Dizer “sim” a si mesmo pode ser mais difícil do que dizer “não” a uma pessoa amada: é sair da acomodação, pegar qualquer espada – que pode ser uma palavra, um gesto, ou uma transformação radical, que custe lágrimas e talvez sangue – e sair à luta.

Dizer “sim” para o que o destino nos oferece significa acreditar que a gente merece algo parecido com o crescer, iluminar-se, expandir-se, renovar-se, encontrar-se, e ser feliz.

Isto é: vencer a culpa, sair da sombra e expor-se a todos os riscos implicados, para finalmente assumir a vida.

Fazer suas escolhas, assinar embaixo, pagar os preços... e não se lamentar. Porque programamos o próprio destino a cada vez que, num tímido murmúrio ou num grande grito, a gente diz para si mesmo: “Sim!”



Do Livro Pensar é Transgredir - pág. 183

Canção das Mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta e entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro entenda que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem, o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada, o outro não pense que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta que me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá esteja sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.
Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim, o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar porta necessária que se abre para mim, por mais tola que pareça.
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que quando eu levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “mas que chateação essa mania, volta pra cama!”
Que se eu peço mais um drinque no restaurante o outro não diga logo: “Pôxa, mais um?”
Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher.


Do livro Pensar é Transgredir - 2004
Lya Luft

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante."

" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

A importância das coisas e das pessoas são medidas pelo quanto nos doamos. Tudo que nos é importante consome parte dos nossos pensamentos e atenção, mesmo que não apresentemos em horas, números. De que adianta viver a vida sem ter um braço certo para deitar? Sem ter o afago da pessoa amada, sem ter com quem dividir e sonhar e somar e sorrir?
"Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros."
O que mais amo na mensagem de "O pequeno Príncipe" é que ele, após a sua jornada, sente falta da rosa que deixou lá no planeta B12. Ele conheceu um jardim repleto de flores e percebeu que todas aquelas rosas eram iguais, mas a dele era única," Sois belas, mas vazias. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém,  mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus a redoma. Foi a ela que abriguei com o para-vento. Foi dela que eu matei as larvas. Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa." Mesmo sendo orgulhosa, brigando com ele, reconhecia que ela era única. Sabe por quê? Porque " Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."
Não queria ser amada pelo que me veem, mas pelo que se sente de mim. Queria exalar o mais profundo perfume que sai do íntimo do meu ser. Se assim o for, saberei que posso ser melhor cada dia e, consequentemente, mais amada. Porque a beleza passa, o corpo envelhece, os cabelos ficam brancos, a silhueta encolhe, mas o amor só aumenta.
Quero envelhecer junto com alguém, mas sinto que isso está se tornando um sonho distante. " Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
Por isso penso: se passarem muitos, levarão muito de mim e deixarão muito deles. Assim meu caráter, minha feição, minha história será confundida com outras e eu quero ser "única".

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sonhos e apelos!

Qual triste verdade me foi dita. Alimentei sonhos irreais e descobri estarrecida que alimentava avestruzes dentro de mim. Resistente e perspicaz, adaptei-me a viver de migalhas.
Sem me dar conta de atos que maquinalmente repetia, cavava minha cova profunda e agredia a quem achava que me feria. A verdade era que sempre eu mesma me feria e assim, reflexivamente, atingia aos meus conceitos e decapitava meus ideais.
Acabei por criar uma imagem diferente daquela que queria ter sido vista e apreciada.
Passei a ser várias. Uma estranha após a outra, de forma que não mais me reconhecia. "Perdi-me dentro de mim/ porque eu era labirinto".
Desiludi-me, ainda hoje conservo a dúvida: persisti e insisti demais? Ou foram os métodos que usei que não foram ideais?
Sei que a resposta vai vir um dia, como disse o filósofo: "Eu penso 99 vezes e não descubro a verdade. Paro de pensar, mergulho em em profundo silêncio,e eis que a verdade me é revelada."
Sou tão intensa naquilo que acredito, tão impetuosa na busca da Verdade que acabei desconstruindo sonhos e criando pesadelos.
No final, a gente percebe que as nossas verdades são apenas umas verdades, e não a verdade.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amado amor!

Onde estás? Em quais lugares andais que não te reconheço?
Meu coração de tão triste suga a vitalidade da minha cútis e enruga a pele.
Levanto o olhar quebrantado pelos anos e contemplo a estrada poerenta e íngreme, olho para trás com desejo de voltar e arrisco-me a dar alguns passos vacilantes.
Meu senso comum diz que estou a ponto de tomar meu próprio vômito. A margem que deixei nunca me foi atraente e essa onde estou agora também não.
Amado amor, nem lá nem cá te encontro. Nem mais acredito que existas. Não, não te idealizei, apenas te amo sem conhecer-te.
Minhas narinas soerguem-se como se pressintissem teu cheiro. Há uma falta crescente que mitiga meu olfato obcecado pelo desejo de te sentir. Parece que sei o teu cheiro.
Amado amor, sonho com teus braços carinhosos envoltos em meu corpo, vejo e revejo a beleza de teu sorriso único que transmite luz à minha solidão.
Perdoe-me, porque te confundi timidamente com um estranho. Fui infiel a ti por alguns anos. Perdoe-me, foi confusão de meu pobre coração atormentado, desconsolado.
Amado amor, por que demoras?

domingo, 9 de maio de 2010

Um grande amor!

A cada dia que vivo mais me convenço de que pessoas especiais estão cada vez mais raras. Não sei o que está acontecendo com o ser humano. Quase nada de humano encontramos neles. Algumas vezes estive a observar sites de relacionamentos - homens e mulheres. Comparo esses sites a uma grande vitrine na qual pessoas e pessoas se vendem e compram umas as outras. Você olha o perfil, não te interessa e logo parte para outro. Descartam-se pessoas como se fossem bananas velhas. A capacidade de se "livrar" e de "usar" umas as outras, além da facilidade que isso tem tido nos últimos tempos têm transformado os relacionamentos em um barco à deriva. Não há mais segurança nas relações, são comuns frases como: eu vou é ser feliz! Se não der certo a gente se separa! Diante disso pergunto: E o compromisso? Por que as pessoas não descartam seus empregos, sua moradia, seus pais, quando eles, de alguma forma não "servem" mais? Têm-se tolerancia com as mais diversas situações, mas não se tem mais tolerancia ao outro com quem se vive. Um grande amor virou apenas tema de filme e de novela, porque, na prática, todos estão achando que é uma relação livre de problemas e adaptações e, principalmente, compromisso.
Aquele juramento: Até que a morte nos separe. virou motivo de chacotas. Até que a morte nos separe?! Cara, eu já morri faz tempo! Dizem alguns em tom de zombaria.
E assim os relacionamentos vão acabando e novos vão sendo criados e a grande bola das desilusões e desencontros vai ainda mais crescendo. Resultado disso: pessoas frustradas, homens e mulheres, já velhos, sem o conforto de um amor solidário e cúmplice, porque amor assim não se constrói do dia para a noite, leva-se anos e anos... Esse, sim, é um grande amor. O amor que sobreviveu, que não traiu, ou que soube perdoar e se arrepender, que não trocou, que se esforçou para não mentir. O amor que lutou ao lado do outro e agora é forte.
Quem nunca se deparou com a frase: Quero um amor para toda a vida. Talvez seja esse o desejo da maior parte desses homens e mulheres que trocam de braços e bocas como se trocassem suas próprias roupas. Mas que será que estão fazendo para manter uma amor por toda a vida?
Seu amor engordou, você descarta. Seu amor já não é mais tão atraente como antes, você descarta... É, acordar todos os dias ao lado de alguém a quem você jurou fidelidade e compromisso é um desafio para poucos corajosos.