quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Minhas marcas

         Trago marcas como qualquer ser humano. Algumas estão escondidas, ainda, sob escombros. Outras estão patentes e divididas. Chego à conclusão de que, sem elas, meu rosto não seria real, minha vida estaria vazia e meu presente sem oxigênio. O que move a engrenagem que faz a vida andar são essas marcas. O bem e o mal que nos fizeram, a vida e a morte que nos juraram, o amor e o ódio que nos devotaram, a ingratidão e a benção que nos deram são golpes certos,  marcadores do EU que nos domina.
         Ando ultimamente buscando uma companheira chamada CORAGEM, ela brigou com o MEDO e esse instalou-se aqui furtivamente. O DESTINO deu-me uma muleta para andar. Tenho agora três pernas, uma é emprestada. Quando conseguir meu fôlego de volta, devolverei esse step útil. Importante agora é continuar caminhando, ainda que com exaustão.
        Reporto-me ao sentido de viver e encontro mil razões para estar aqui. Amo a vida, amo o ar, amo-me definitivamente. Minhas marcas são a prova contundente de que não estou aqui por acaso. Fui marcada e marquei muitas vidas. Em algumas vidas, sei que deixei marcas que doeram, embora tenha buscado fazê-las de forma positiva. Que posso fazer, se o instinto de sobrevivência reage nas mais diversas horas?!
        VIVER é tudo de que mais preciso HOJE!

Suerbene Paulino


       


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