terça-feira, 18 de maio de 2010

Sonhos e apelos!

Qual triste verdade me foi dita. Alimentei sonhos irreais e descobri estarrecida que alimentava avestruzes dentro de mim. Resistente e perspicaz, adaptei-me a viver de migalhas.
Sem me dar conta de atos que maquinalmente repetia, cavava minha cova profunda e agredia a quem achava que me feria. A verdade era que sempre eu mesma me feria e assim, reflexivamente, atingia aos meus conceitos e decapitava meus ideais.
Acabei por criar uma imagem diferente daquela que queria ter sido vista e apreciada.
Passei a ser várias. Uma estranha após a outra, de forma que não mais me reconhecia. "Perdi-me dentro de mim/ porque eu era labirinto".
Desiludi-me, ainda hoje conservo a dúvida: persisti e insisti demais? Ou foram os métodos que usei que não foram ideais?
Sei que a resposta vai vir um dia, como disse o filósofo: "Eu penso 99 vezes e não descubro a verdade. Paro de pensar, mergulho em em profundo silêncio,e eis que a verdade me é revelada."
Sou tão intensa naquilo que acredito, tão impetuosa na busca da Verdade que acabei desconstruindo sonhos e criando pesadelos.
No final, a gente percebe que as nossas verdades são apenas umas verdades, e não a verdade.

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