quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amado amor!

Onde estás? Em quais lugares andais que não te reconheço?
Meu coração de tão triste suga a vitalidade da minha cútis e enruga a pele.
Levanto o olhar quebrantado pelos anos e contemplo a estrada poerenta e íngreme, olho para trás com desejo de voltar e arrisco-me a dar alguns passos vacilantes.
Meu senso comum diz que estou a ponto de tomar meu próprio vômito. A margem que deixei nunca me foi atraente e essa onde estou agora também não.
Amado amor, nem lá nem cá te encontro. Nem mais acredito que existas. Não, não te idealizei, apenas te amo sem conhecer-te.
Minhas narinas soerguem-se como se pressintissem teu cheiro. Há uma falta crescente que mitiga meu olfato obcecado pelo desejo de te sentir. Parece que sei o teu cheiro.
Amado amor, sonho com teus braços carinhosos envoltos em meu corpo, vejo e revejo a beleza de teu sorriso único que transmite luz à minha solidão.
Perdoe-me, porque te confundi timidamente com um estranho. Fui infiel a ti por alguns anos. Perdoe-me, foi confusão de meu pobre coração atormentado, desconsolado.
Amado amor, por que demoras?

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