quarta-feira, 9 de maio de 2012

Um mundo ideal

É certo que qualquer pessoa que leia esse post vai achar que meu mundo ideal deveria ter alguns ajustes. Afinal, essa subjetividade responsável pela singularidade de cada ser humano é o que faz o mundo ser colorido e multifuncional.
Lembro-me de uma canção de minha infância cujos versos eram:
"Se essa rua, se essa rua fosse minha,
eu mandava, eu mandava ladrilhar,
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes,
para o meu, para o meu amor passar."
Fico imaginando se a rua de fato fosse minha e eu pudesse ladrilhá-la com pedrinhas de brilhante,
talvez o meu amor não gostasse. Se ele fosse do tipo A, talvez quisesse flores, se fosse do tipo B, talvez quisesse árvores, se fosse do tipo C, talvez quisesse ouro, rubis... Talvez quisesse apenas minha companhia, ainda que a estrada fosse de barro, de madeira rústica, de pedra....
Meus amores mudam e têm vida própria. Filhos que vão em busca de suas realizações e nos deixam apreensivos, pais que partem, adoecem... irmãos que mudam de rota, que nos xingam, que nos adoram, que nos usam... amigos que são da onça ou do urso; amigos que são anjos... Todos eles são amores amordaçadores, libertinos ou encantadores. De qualquer forma, são nossos amores e se mudarmos a rua para eles passarem, cada um vai dizer o que pensou e o que mudaria.
Mas, e meu mundo ideal? Até agora só confabulei, nada disse, tudo disse, nada sei.
Ahhhhhhh, sério mesmo? Meu mundo ideal é aquele que, independente da paisagem, do chão, do dia, do tempo, o que valha mesmo, de coração, de verdade, com sinceridade, é que meus amores apenas gostem de minha companhia. O resto a gente inventa, re-inventa, investe, sonha....

 Sue Paulino


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