segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Incoerências

Eu queria poder falar o que sinto de vez em quando, mas as palavras emudecem e de minha garganta saem inexpressivos vocábulos.
Eu queria poder expressar os meus sonhos e anseios e fazer de você um aliado, mas fico estagnada diante da impossibilidade do vir-a-ser.
Em segundos, flashes insinuam-se em minha mente e desconsertam meu coração, recorro à consciência de minha própria (in) significância e reporto-me ao que posso e não posso mudar.
E o concerto das cordas do meu coração  em uníssono tentam, através de uma melodia de coragem e obstinação,  consertar o que talvez não tenha jeito.
Recuo, avanço, recuo, avanço e nessas idas e vindas "danço" , conforme a música da vida.
Coragem? Isso não me falta, o que me falta, talvez, seja a sensatez ou o discernimento para entender quando devo mudar de rota, já que espero resultados  diferentes e, de forma incoerente, ainda continuo na mesma estrada.

Suerbene Paulino

Um comentário:

  1. As palavras são aliadas até quando estamos sem elas. Não é paradoxal???
    Quando dizemos que estamos sem palavras para dizer o que sentimos, estamos dizendo o que sentimos... O outro sabe e se identifica... Sinto-me assim: igual a você!
    Talvez a rota não precise ser outra, apenas a perspectiva do olhar... A estrada pode ser desenhada com árvores, flores e companhias... Não estamos sós... Não estamos sós...

    "O concerto das cordas do meu coração em uníssono..." Que coisa poética e inspiradora!!!

    Lembremos que em todo concerto há um Maestro... Precisamos olhar para o Maestro sempre... O concerto nunca desafinará e o nosso coração encontrará descanso.

    Amei seu texto!!! Ele é real e está em cada um de nós... Reflete nossa humanidade!

    ResponderExcluir